Seu Antônio era catador de lixo desde que entendia de gente. Era uma herança de seu pai. Ele vivia na favela denominada "Comunidade da Boa Esperança", na zona norte da capital. Não tinha nenhuma qualificação para conseguir outra atividade, nem tampouco sua esposa, Dona Marta. Sua única esperança para melhorar de vida era seu filho Romão, mas, mesmo assim, ainda estava longe de chegar lá, pois ele ainda tinha 12 anos e seu Antônio não tinha muita certeza se estaria vivo quando esse dia chegasse. Romão estudava na escola pública da periferia. Tinha muito gosto pelos estudos e era muito curioso para saber das coisas. O que ele aprendia passava para seus colegas. Ele não era egoísta e gostava de compartilhar seus conhecimentos com todos. Os professores gostavam muito dele pelo seu esforço e dedicação, e deram a oportunidade que ele precisava. A partir daí sua família e as pessoas do seu círculo de amizades dentro da comunidade melhoraram de vida consideravelmente.