O Cantar do Carcará: Lendas de noites solitárias e outros poemas iniciou-se com a escrita de um conto, onde o imaginário do autor bebeu na fonte de clássicos da literatura universal, como O Corvo, de Edgar Allan Poe, Moby Dick, de Herman Melville, e As Mil e Uma Noites. Esse conto, foi transformado em um poema, de 100 estrofes, que pode ser dividido em várias partes. Assim como em Moby Dick, um homem persegue irracionalmente um animal, por pura obsessão de obter sua vingança. Diferente da cachalote de Melville, o animal perseguido é uma ave tradicional do nordeste, um carcará. Esta ave, assim como em O Corvo, poema mundialmente famoso de Allan Poe, fala, porém, em vez de trazer agouros por meio da repetição de frases, entra em um acordo com seu inimigo, o homem, que sofre de insônia desde a morte de sua esposa. Daí em diante, se estabelece uma amizade, em que a ave passa a frequentar a casa do sitiante solitário sempre com uma história diferente, o entretendo como em Mil e Uma Noites, mas neste caso contando lendas típicas do nordeste brasileiro, citando figuras como Frei Damião, cidades e povoados como Arês, Goianinha, Comum, Passagem, Nova Cruz etc. Acompanham, junto com o principal poema, mais 10 poemas novos escritos em homenagem à diversas pessoas, como a professora Rosemeire Vicente da Trindade, à Neuza Maria da Silva, à professora Maria Augusta da Trindade, ao poeta e ativista Lucas Nascimento, ao agricultor Antônio Cândido, à uma bebê recém-nascida, Helena, e à professora Gilvanisse Honorato. Além destes primeiros 11 poemas originais, o livro contém mais 10 poemas publicados anteriormente em O Canto da Jaçanã, como os poemas Vida e Morte do Cão Careca, Américo Trindade: Sua História em Versos, Versos à João Batista da Trindade, Homenagem ao professor Roberto Antônio, Versos a um doutor, em homenagem à Odilon Vicente da Silva, dentre outros, como Agreste Brenha, O Canto da Jaçanã, A Sombra da Algaroba, Céu Avermelhado etc.