Este livro problematiza o sentido ontológico da categoria trabalho, a perspectiva conceitual e histórica sobre a saúde do trabalhador e o programa de reabilitação profissional. As seções da obra versam sobre aspectos teóricos, metodológicos e políticos. O lócus de investigação do discurso oral é a cidade de Maringá/PR. A pesquisa empírica foi contemplada por meio de entrevistas com trabalhadores em processo de reabilitação profissional, trabalhadores reabilitados, equipe de trabalho da reabilitação profissional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e representantes dos órgãos públicos que atuam na rede de proteção ao trabalhador. Os resultados das análises indicam que a reabilitação profissional do INSS choca-se com a lógica do capital, por isso a necessária ruptura com perspectivas neoconservadoras presentes na área; o programa de reabilitação somente pode ser tido como alcançado quando resulta na inserção da pessoa em um trabalho que permita sua integração social plena; a vida dos reabilitandos e reabilitados passa a ser dividida entre a época do trabalho e o momento atual de afastamento, com possibilidade para um retorno diferenciado ao mercado de trabalho, e as vivências desses dois processos são marcadas por sujeição e resignação; no percurso da reabilitação profissional há ensaios de uma práxis interdisciplinar e intersetorial, as quais são iniciativas fomentadas potencialmente pelos trabalhadores que atuam no nível de execução das políticas públicas.