Ao se pretender iniciar este prefácio, lança-se ao ar uma singela, mas, oportuna, interrogação: Vida? Vida, mas, o que é vida? Na verdade, sobre o conceito de vida, cerne oportunista da indagação, paira uma infinidade de definições tanto as de ordem secular, quanto à no âmbito da religião. Yoseph Yomshyshy O brilho da vida perdido. Portanto, apelar-se para o auxilio religioso com a adoção do livro que, no decurso da eternidade, revela o surgimento da humanidade sobre a face do planeta Terra, ainda que o texto revelador não seja crível em todos os quadrantes, lá está revelado que, desde o início de todas as coisas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e, as hostes celestiais; pela palavra do Filho, dissera: – Façamos ao homem – Adam – do hebraico aqui transliterado – humanidade – grifo do autor – à nossa imagem conforme a nossa semelhança. Revela o texto, bem mais a frente, que o Filho, estando presente o Pai, o Espírito Santo e as hostes celestiais, tomara ao homem que havia criado, e, soprara nele, o folego de vida – nefeshi – do hebraico aqui transliterado – a mesma vernácula usada para definir espírito. Contudo, apropriando-se do entendimento inferido na doutrina das Testemunhas de Jeová, a qual advoga ser o sangue o elemento vital, mas, a princípio, tal explicativo não parece fazer o menor sentido. Yoseph Yomshyshy O brilho da vida perdido. De qualquer forma, considere-se que, se assim o for, para que o corpo de qualquer indivíduo não mergulhe nos indecorosos braços da inercia é necessário ter aquilo que de forma unanime, denominamos – vida. Não obstante, volte-se a enigmática pergunta: – O que é vida? Por analogia, vida é nada mais, nada menos do que o combustível, invisível, intangível, insondável que propicia a animação de um corpo, fazendo-o mover-se em todos os sentidos. Entrementes, tal resposta nos arremessa de encontro a um questionamento novo e plausível... Quanto tempo dura a vida? Responda-se que o interstício de uma vida está predeterminado na genética do indivíduo e é suficiente para que se cumpra a missão a ser desempenhada. Yoseph Yomshyshy O brilho da vida perdido. No entanto, há no contexto da vida um aparato de variáveis que, habitando os sentimentos, deflagra o desejo humano, o qual, muitas vezes, pode não se realizar, ou, de outra feita, simplesmente, ir ao encontro da controvérsia. A esse desejo chamamos – brilho! O brilho nasce com a criança e pode morrer ao apagar da lucerna da existência. O brilho é tudo, o sonho é nada, o sonho é a ilusão, o sonho é a realidade, e, o sonho somente é sonho, porque a própria vida é sonho conforme advogara no passado o célebre astrônomo Camille Flammarion... – A vida é um sonho de, apenas, um segundo! Portanto, considere-se o brilho como o sonho que permeia a existência de uma pessoa. O romance – O brilho da vida perdido – revela, em linha de conta, nada mais, nada menos do que um brilho aplacado pela brutalidade humana.