Era pleno verão. O sol da manhã brilhava em tudo, nas rochas, nos brotos novos, nas cascas rugosas das grandes árvores, nas águas rápidas do regato, no capim verdejante dos campos. A tudo doava calor e prazer. O velho e solitário besouro gigante havia saído a voar logo cedo, mesmo antes que o primeiro raio de sol despontasse acima das montanhas. Parecia estar resolvido a voar sem parar, como o vento que só para quando quer. O vento voa, voa, voa e desaparece. Na verdade, aquele parecia um dia raro na vida do besouro gigante. Ele estava fazendo coisas estranhas ao invés de repetir os mesmos hábitos conhecidos por todos os seres da floresta.