Eu, Carlos Ribeiro, um criminalista de coração e alma, fui descoberto por acaso, surgi pelas contingências da vida, que poucas delas se explicam.
Me deixei levar a cursar Administração de Empresas, sem a menor paixão.
Formado, fui administrador e empresário e busquei no campo próprio minha colocação.
Depois de vários empregos, tornei-me empresário, aí sim, a frustração foi ainda maior – empresário compelido a fechar sua empresa, na época com muitas dívidas e sem um rumo para tomar na vida – o que fazer a partir de então? – não sabia, mas vida empresarial nunca mais, foi a decisão tomada.
Foi aí que, incentivado por um de meus grandes amores, entrei na Faculdade de Direito e, com muito custo e sacrifício, cheguei à tão almejada Carteira da Ordem - no primeiro momento, de estagiário.
Acometido pelo "vírus" dos defensores públicos, após o término do estágio, já estava apto, não completamente pronto no conhecimento, mas estava pronto para enfrentar e lutar contra todas as desigualdades enfrentadas por quem não usa colarinho, seja de qual cor for, e é tido como "gente do mal", por parte da sociedade que se declara como "gente do bem"!
E, seguindo nesta vida de criminalista, eterno aprendiz, de repente, em um certo e belo dia, uma borboleta atravessou minha a sala, num voo alegre e feliz, seu sorriso daquele dia não esqueço, ficou gravado.
Deste dia em diante, o criminalista juntou-se ao que lhe faltava – uma paixão para, além do direito, romantizar sua luta.