Uma mulher igual a milhões de mulheres do nosso país, que dividem seu tempo entre a vida profissional e as inúmeras demandas do lar. Mulheres brancas, negras, vermelhas, amarelas. Tristes, alegres, apaixonadas, sonhadoras, amarguradas, infelizes, que se juntam a ela em pensamentos para refletir sobre o turbilhão que se torna a vida de mulheres de jornada dupla. Em meio à faxina de um sábado de sol e calor, ela perde-se em devaneios e reflete sobre sua vida e a de mulheres que se encontram exatamente como ela: cuidando de todos e esquecendo-se de si, conciliando a vida profissional e de donas de casa, buscando não permitir que a realidade as sufoque. O cansaço do final do dia, as incertezas da vida, os desamores que carrega como fardo sobre os ombros ferem seu coração sofrido, levando-a a uma decisão que será o início de uma nova era para si. É preciso ver o que há no avesso do espelho, pois a imagem que ela vê refletida não condiz com a que deseja para si. Haverá algo atrás da parede que segura seus passos? É preciso romper a parede e libertar-se.