Após o suicídio do melhor amigo, uma mulher solteira de meia-idade começa a narrar o que se passou depois de sua morte. Essa foi a maneira que ela, escritora e professora universitária de escrita criativa, encontrou para lidar com o luto. Nessa espécie de diário ou conversa dirigida ao amigo, reflete sobre literatura, a arte de escrever e o meio literário, além de relembrar o que aprendeu e viveu com o ex-professor e mentor.
Ela não esperava, porém, que o amigo lhe deixaria uma herança inusitada: Apolo, um dogue alemão gigantesco, idoso e traumatizado com a ausência do dono. Ao adotá-lo, ela passa a viver sob a ameaça de despejo, porque o prédio em que mora há mais de trinta anos não aceita cachorros.
Enquanto os mais próximos temem que essa conjuntura a tenha mergulhado em uma depressão profunda, a mulher, cada vez mais isolada do mundo e obcecada com o bem-estar de Apolo, que já não dispõe de muito tempo de vida, recusa-se a se separar do novo amigo, pois vê nesse vínculo a única chance de redenção para ambos.
O amigo é, ao mesmo tempo, uma meditação sobre o amor, a amizade, a perda e o luto e um relato tocante sobre a ligação especial entre uma mulher e um cachorro.