Em Nuances vemos o divagar consciente de um nirvana indescritível, espiritual, mediúnico. Além do além, mergulho na imensidão do inconsciente, o desvelar dos mistérios do ser. Esse ser que era tão buscado pelos gênios, agora é traduzido em palavras, infinito e eterno, ou mesmo eternamente mutante. Versos que quebram, desossam, depilam a alma naquela sensação de arrepio. Em nuances toda a sensação é sentida em plenitude, terapia em rima. Palavras nuas em nuance do ser. Ser e ter, posse das palavras furtadas na mais esperançosa pretensão. Tudo o que é um não poderá ser desarmado. Em metáforas ricas de sentido metafísico, Cíntia nos coloca poemas transcendentes, ao nível de uma ontologia