Viajar pelo imaginário dessa magnífica poetisa é se despir de pudores sociológicos padronizados, inebriar-se de sua ousadia e se entregar a luxúria poética, de uma obra ousada, atual e totalmente desnuda de todo e qualquer tipo de pudor institucionalizado. Somos cúmplices de sua obra. Em cada linha, em cada verso, cada letra nessa obra, podemos estar mergulhando na alma poética da autora, onde sua animalidade nos lembra de nossos instintos mais íntimos e sagrados. Somos todos sedentos de desejos, e por vezes, graças aos padrões estipulados pela sociedade atual, não permitimos que tais desejos sejam explicitamente expostos, por falsos pudores e padrões nos impostos. Somos Bichos! O mais fantástico de toda essa insanidade expostas, dessa carne sangrenta que nos é dada, é que não há em nenhum momento a exposição infame e esteticamente indesejável. Bárbara nos traz a tona todo esse nosso lado com a sutileza da alma artística e poética, como somente ela faz tão bem. É ousadia! É carne! É desejo. Somos nós expostos de forma explícita e esteticamente bela. Somos gratos à autora por falar por nós. Essa é a verdadeira essência da arte. Sejam bem vindos à alma desta poetisa, que, sem nenhum pudor, comparo à ousadia de Patrícia Galvão, a eterna Pagu. Hudson Giovanni  Professor e Pesquisador em Geografia, poeta, diretor/escritor teatral. Membro Fundador da Academia das Artes, Cultura e Letras de Marataízes e do Estado do Espírito Santo (Academia Marataizense de Letras).