O presente livro analisa a inserção subalterna do Brasil no período da financeirização, cuja base de estudo foca-se nos aspectos internos e externos da estrutura e das relações do capitalismo dependente brasileiro. Para isso, antes da interpretação do paradigma da dependência atual, buscou-se identificar as relações políticas e econômicas entre os países hegemônicos e os periféricos. Assim, primeiramente, procurou-se analisar a ascensão, consolidação e materialização do imperialismo, desde a análise do fenômeno realizada pelos autores clássicos até o debate contemporâneo. Em segundo lugar, procurou-se conceituar a questão histórica da dependência e como ela aparece nas relações domésticas e estrangeiras do Brasil com os países de capitalismo avançado, sobretudo os Estados Unidos. Por último, penetrou-se nos estudos da estrutura da inserção subordinada do país às finanças globalizadas, principalmente no que tange às questões da abertura comercial, da liberalização financeira, das políticas macroeconômicas de viés liberal e das modificações no marco civil regulatório do país, o que, por sua vez, ratificou a metamorfose brasileira na direção da especialização da valorização internacional de capital financeiro.