Estudo antropológico de uma festa religiosa do catolicismo popular, na cidade de São Paulo, sua memória e atualidade. Procura-se entender as construções identitárias que se constroem em torno da santa calabresa e sua oposição com outras etnias residentes no bairro do Bixiga.
As relações de conflito são expressas através da santa em todas as manifestações em sua homenagem, tanto no cotidiano quanto no festivo.
Procura-se captar o momento de ruptura da festa do bairro para festa da metrópole, tornando-se uma festa de referência da comunidade italiana na cidade de São Paulo. Os significados da festa religiosa, incorporados em símbolos, referem-se à situações históricas do passado, passiveis de serem registradas através da memória de seus participantes, podendo ser comparadas ao contexto sociocultural dos dias atuais.
No decorrer do trabalho, verifica-se impossível estudar a festa em si mesma, enquanto estrutura específica, independente da comunidade na qual se realiza. A festa relata a história da própria comunidade, sua construção e reconstrução constante.