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Nietzsche e a Educação: Desafios Pedagógicos

Nietzsche e a Educação: Desafios Pedagógicos

Sinopse

Existem diferentes modos de se relacionar com uma filosofia, dentre os quais destacam-se, por um lado, o trabalho dos comentadores e intérpretes que buscam compreendê-la em seus liames e possibilidades e, por outro, o trabalho daqueles que se apropriam dela, fazendo um uso do que ela oferece e também do que é detalhado em relação a ela por seus intérpretes e comentadores. A obra em questão vincula-se ao segundo grupo, a intenção da autora nesta pequena obra assume uma forma peculiar de se relacionar com a filosofia de Nietzsche. Seu propósito é utilizar o legado que o filósofo oferece para responder algumas perguntas urgentes do campo da Pedagogia, impostas por necessidades muito peculiares e atuais. A ideia de uso que leva a autora até o filósofo não corresponde também ao propósito de pensar a educação em Nietzsche. Não se trata de elencar seus textos sobre a educação e elucidá-los, desfazendo seus liames e explorando seus meandros. Antes, trata-se do uso daqueles e de outros textos do filósofo tendo em vista a tarefa que é exigida dela enquanto educadora, o que corresponde à peculiaridade de seu modo de ser como educadora. O ponto de convergência entre a obra do filósofo e a apropriação feita dela é a tarefa própria de uma educadora em particular. Uma tarefa que é testemunha de um modo de ser, do mesmo modo como o são as suas escolhas, livros e pessoas das quais se aproxima. Assim, é possível afirmar que, com este livro, abre-se diante do leitor traços de um trabalho pautado por um filósofo – Nietzsche – que privilegia o reconhecimento de individualidades como um modo de resistência às tendências de massificação. Educar para a vida seria, assim, a proposta do livro que temos em mãos, uma proposta no interior da qual a prática pedagógica fornece subsídios e recursos para um cultivo de si que se assemelha ao trabalho daquele jardineiro que arranca a erva daninha e revitaliza suas plantas, apostando na possibilidade de cultivar a sua mais bela flor – uma flor, um si mesmo, que é possível somente naquele jardim e em nenhum outro.