Por que entre dez meninos brancos, só o menino negro foi preso? Por que, a primeira vista, a suspeita recaíra sobre o garoto de cor? Qual razão entre os agressores só homens de origem europeia? O que levou à impunidade dos travestidos de homens de bem que assassinaram um garoto de doze anos no campo de futebol? Perscruto as respostas há cinco décadas. O livro é um resgate histórico que se passa nos anos sessenta. O autor mergulha no tempo para trazer para o leitor uma época, embora, não muito distante, não existe mais. As matas foram derrubadas, os rios quase secaram, os cafezais foram erradicados, as pastagens substituídas pela monocultura. Por fim, o êxodo rural, o abandono do campo e o amontoado nas periferias das grandes cidades. A intolerância, o racismo, a discriminação eram evidentes, e a classe rural eram preteridas da classe urbana. O homem do campo era tratado como caipira, matuto. Entretanto, eram esses braços fortes que levavam o sustento aos centros urbanos.