"Uma das mais profundas e seculares estratégias de colonialidade corresponde ao silenciamento, ao privar alguém de falar, falando pelo outre, outra/o. Muitas vezes, numa atitude de inibição, mencionamos "não vou falar" ou procuramos delegar o poder de fala a outra pessoa. E assim, historicamente, afirmaram e reafirmaram ideologias tóxicas. Diante dessas aparentes situações de fala ou ausência dela, falar é evocar ? chamar a ser e fazer-se notar, estando a voz associada à construção de identidade. Nessa perspectiva de soltar a voz, ressonar em amplitude e força própria, a luta contra as estratégias de dominação cultural, via linguagem, "Negritude em voz: educação, língua e literatura" se apresenta como um estímulo à voz da negritude. Vale a leitura pelo conteúdo, pelas abordagens e principalmente pelas circularidades culturais inseridas numa perspectiva de dar voz, de fazer ressoar a cultura afro-brasileira que há em mim, em cada um/a de nós! Ubuntu! "