Diante da necessidade de aprimorar os estudos criminológicos sobre o Controle Social, esta obra visa analisar o exercício da Necropolítica e do Estado de Exceção Penal na América do Sul na contemporaneidade e demonstrar que desde a invasão das Américas em 1492, há instaurado um estado permanente de guerra contra os inimigos do Poder Soberano.
Assim, a obra pretende analisar os conceitos teóricos de biopolítica, estado de exceção e necropolítica, ao mesmo tempo que busca apresentar fatos históricos que comprovam a atuação necropolítica do Estado Moderno, desde o genocídio dos povos originários, a escravidão, as guerras sujas, as ditaduras na América do Sul, a guerra às drogas e a guerra ao terror, demonstrando a interconexão entre a Necropolítica, o Neoliberalismo e o Estado de Exceção Penal.
Destarte, é perceptível que o poder punitivo instaurado na América do Sul na contemporaneidade teve como influência as teorias desenvolvidas na Europa e nos Estados Unidos, e o racismo foi o motor principal para a delimitação do inimigo/indesejável, e por meio de instrumentos necropolíticos houve a legitimação para a neutralização e eliminação física dos inimigos, sendo que para cada contexto social o Poder Soberano delimitou o inimigo a ser destruído.