Ndzinji é uma obra de caráter eclético, com roupagem de romance cavaleiresco fictício, em feição filosófica. O vocábulo Ndzinji é de origem africana e significa o primogênito.
O enredo conta a estória de um jovem que sofre acidente em competição esportiva, entra em coma profundo e é transportado para outro plano dimensional em busca de aprimoramentos, a pedido da consciência.
Como hipólogo, o autor utiliza o universo das ciências e artes equestres como "pano de fundo" para projeção das metáforas oferecidas ao leitor.
Dividida em duas partes: "A Escola Chamada Cavalo" e "O Livro dos Estereogramas", a obra apresenta características distintas em cada uma. Enquanto a primeira retrata o processo de autotransformação do personagem protagonista, na convivência com os mestres da escola, a segunda traz intensidade e clima de aventura dramática ao texto, com desfechos imprevisíveis e suspenses progressivos.
A despretensiosa atmosfera inicial é modificada gradativamente ao longo do livro. O argumento e as sugestões convidam a reflexões e elevam inspirações, através da forma poética de construção das imagens.
A abordagem tem foco dirigido para a sublimação de valores essenciais por meio das vivências e relacionamentos.