Este estudo investiga as complexas redes de aliança e conflito que marcaram a expansão colonizadora nos Campos de Palmas, região que, no século XIX, abarcava o atual sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Habitados por grupos indígenas, especialmente os Kaingang, esses territórios tornaram-se alvo da pecuária extensiva, atraindo fazendeiros que disputavam terras e mão de obra. Diante desse avanço, os indígenas tiveram que estabelecer alianças políticas com os colonizadores para sobreviver. A pesquisa analisa essa dinâmica a partir de fontes históricas diversas – como correspondências oficiais, registros paroquiais e recenseamentos –, revelando como mercadorias, favores, uniões matrimoniais e relações de compadrio moldaram as alianças entre colonos e indígenas.