Pensar a MÚSICA LITÚRGICA não é somente pensar em suas diversas formas melódicas de expressão, mas é adentrar no mais profundo mistério ritualmente expresso nas celebrações. A história está eivada de desenvolvimentos musicais em suas formas, desde a liturgia primitiva até a história recente. São sinais de uma liturgia viva e em expansão, não simplesmente e exclusivamente direcionada a uma 'classe levítica'. Tantas pesquisas são propostas, mas que por um lado tendem partir pela cultura, evidenciando uma música que está em transformação constante. Mas, por outro lado, ligado à uma ideia de conservação, há uma reação contrária frente a cultura. Ambas, questões que são muito pertinentes. Mas, deve-se levar em conta outro aspecto que oferece suporte a toda reflexão: uma música litúrgica numa perspectiva teológica analisada a partir dos ritos. Sendo que, um rito não serve para encher nossos ouvidos de palavras bonitas e bem cantadas, nem para possibilitar graciosas vestes e impregnar nelas o odor do incenso... Liturgia é sinal latente de esperança na vida do povo. Antes de tudo, nossas celebrações tem que ser a possibilidade atual de vivermos a Vida Divina em nossa própria existência.