O livro apresenta uma forma de se expressar, usando da linguagem artística, algumas demandas que vão desde pessoais, de qualquer ser humano, as coletivas; vozes que gritam ou silenciam frente à consciência presente em nossa atualidade. Contudo, mesmo que a proposta do autor seja promover palavras expressas por nós, elas estão condenadas a passividade que toda escrita possui; pois os afetados são os interessados pela leitura. Ou seja, quem se envolve com os espirros da arte já estão pré-selecionados pela maneira como ela se apresenta. A escrita artística é passiva por natureza, enquanto postas nas folhas dos livros. Contudo, no segundo que reflitamos e significamo-las em nossas vidas práticas, podem ganhar dimensões calorosas consideráveis. A proposta é que cada sujeito que se deparar com um dos poemas finjam que fora você mesmo o escritor! Sim, você quem escreveu este livreto! E porque você escreveu o poema tal? Em que momento de sua vida tal poema se enquadra? Você é o autor! Porque o anonimato? Podem perguntar. Porque a arte, seja qual forma ela estiver manifestada, não deve existir uma pseudoidentidade. A própria arte é a identidade. Colocar um ser humano na frente das obras sublimes, ou não, é deslocar a verdadeira autoria da grandiosidade artística, que é o universo.