Mundo Real nos convida a refletir sobre a viagem que fazemos no trem da vida. Nos vagões vão conosco filhos, parentes, amigos e desconhecidos. Nas estações, uns descem, outros sobem. Os que descem, não veremos mais, sobram só as lembranças. Os que sobem nos acompanharão por um breve período ou, quem sabe, até que seja a nossa vez de, finalmente, descer do trem e dar nossa viagem por concluída. Também não retornaremos às estações ao longo dessa ferrovia, o que passou, passou. Só ficam as memórias e, talvez, lições aprendidas – ou desperdiçadas.
Os tempos podem ser difíceis, o futuro se apresentar sombrio, mas Mundo Real também é uma mensagem de esperança e superação. Mostra que, com ousadia e coragem, nenhum sonho é impossível, que a incerteza e o medo nos acompanham, mas podem ser vencidos. Perder faz parte do jogo, mas desistir, nunca.
Enquanto isso, eu vivo. Até quando? Não sei. Mas não importa. O que quero é abrir a última porta e ter a sensação de que, se vacilei em algum momento, somei mais pontos do que perdi.
Enquanto isso, eu subo, eu cresço, eu agradeço e me esqueço daquele que me desejou mal, que não confiou em mim, que não me disse um sim, mas que mesmo assim, pode agora me aplaudir.
Enquanto isso, eu sonho, porque a vida é bela, mesmo em nossas derrotas, pois delas temos que tirar um aprendizado que vai nos permitir, na próxima batalha, ter melhor sorte.
Enquanto isso, eu penso, eu fujo, eu cubro as impurezas, eu me livro das incertezas, eu canto para os males espantar, eu me deixo levar pela correnteza e me desligo da avareza. Enquanto isso... bem, enquanto isso, eu vou vivendo.