O escritor e pesquisador mineiro Antônio Lopes de Sá, ao abordar forma de valoração de um livro, recorre a uma afirmação do francês Voltaire e nos lembra que "um livro só se justifica quando ensina alguma coisa". A obra que nos foi dada a prefaciar apresenta mais do que ensinamentos no plano conceitual. Avança para reflexões teóricas examinando aspectos relacionados com a prática do direito que envolvem as pessoas, sua cultura, e outros aspectos da vida humana, especialmente os hábitos, a postura e o comportamento estatal, diante de diferentes segmentos na sociedade de classes. Na análise criteriosamente elaborada, desfila argumentos e justifica as convicções para propor um novo direito que seja capaz de atender, com relativa efetividade, as diferentes etnias e classes sociais que integram o povo brasileiro. Para tanto, focaliza e prioriza o enfoque do multiculturalismo explicando a sua origem e implicações no contexto a ser atingido pelos operadores do direito com diferentes impactos para os agentes.