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Mulheres e Economia Popular Solidária: Trabalho, Inclusão Socioprodutiva e Cidadania

Mulheres e Economia Popular Solidária: Trabalho, Inclusão Socioprodutiva e Cidadania

Sinopse

Nas últimas décadas, a crise do trabalho, assim como o avanço das políticas neoliberais, ocasionou o aumento do desemprego, da informalidade e precarização do trabalho. Como resultado, foi configurada uma política macroeconômica que contribuiu para o aumento da vulnerabilidade social e cujas ações compensatórias de combate às desigualdades sociais não contrabalancearam tais efeitos. Nesse cenário acentuam-se situações de pobreza e exclusão. Somando-se a isso, cresce mais ainda o setor informal, aumentando a dificuldade de sobreviver em um mercado globalizado, excludente e altamente competitivo. Com o agravamento da pobreza e do desemprego, proliferaram iniciativas populares e heterogêneas de organização do trabalho com base na autogestão, na cooperação, no desenvolvimento sustentável e na solidariedade. Empreendimentos econômicos situados no contexto da informalidade urbana capitalista. Alimentada por um conjunto de práticas e valores que interagem tanto no plano econômico como nas relações sociais estabelecidas, a Economia Popular Solidária recobre uma realidade heterogênea e diversa de motivações e iniciativas, subsistindo nessas iniciativas uma tensão entre o possível e o desejável. Essas iniciativas enfrentam uma dupla tarefa: superar os limites colocados pela ordem econômica vigente e avançar na construção de novos parâmetros de organização, produção e comercialização. Muitos de seus trabalhadores encontram-se em condições precárias e sem trabalho, compondo a chamada "economia submersa", na qual mulheres, migrantes, negros, pessoas com deficiência física ou mental, idosos, pessoas com baixos níveis de escolaridade e qualificação profissional refugiam-se na informalidade. O desemprego está na raiz dos problemas sociais e agrava as condições da pobreza. Este livro analisa, a partir de experiências de Economia Popular Solidária, como as mulheres em situação de pobreza e vulnerabilidade social vivenciam processos de trabalho, inserção socioprodutiva e cidadania, (re)construindo novas formas coletivistas de organização e de produção.