Neste livro, vou contar a história de um homem, a quem chamarei de Bonzinho. Bonzinho, como muitos, cresceu no interior, num lar com rígida formação moral e católica. Quando seu pai o olhava, a criança se borrava de medo. A Igreja da Matriz e a Praça eram o cartão postal da cidade e como seus pais eram atuantes na comunidade católica, a frequência de padres, seminaristas e religiosos era intensa na casa da família dele. Foi uma criança livre, questionadora, curiosa e criativa. O problema todo é que aquela criança livre e feliz da infância, na adolescência deixou de ser espontânea e se tornou "um menino bonzinho e certinho".