A religião cristã está imersa na sociedade, não apenas como um de seus componentes, mas segundo o desejo de Cristo, seu fundador, para salgar, iluminar e salvar. Ela existe para transformar a realidade social onde isso seja necessário. Por isso, não deve repetir ou imitar os seus vícios sob pena de prejudicar o seu principal legado, influenciar para promover o bem. Um dos relevantes papéis da religião cristã é oferecer uma proteção eficaz contra o hedonismo e o indiferentismo diante das necessidades humanas. A religião, maculada por elementos sincréticos heterodoxos, continua existindo na sociedade contemporânea, mas revestida de novas roupagens que assinalam fidelidade, mas não ao Deus verdadeiro. A devoção aos novos deuses da cultura metamorfoseou a religião e transformou a ética. Essa ordem de coisas que vinha contaminando o mundo irreligioso, desde o advento do modernismo, também afetou um segmento do evangelicalismo, tornando o crente tão imediatista, egoísta e inclinado aos bens de consumo, como os secularistas.