Motricidade Humana: novos olhares – e outras práticas – à luz da Transdisciplinaridade e das Ciências Emergentes parte do pressuposto de que a Educação Física não educa "corpos", mas sim seres humanos, que ali estão diante do professor, do treinador esportivo, do técnico, entre outros profissionais da área. Com base nesse pensamento original do filósofo português Manuel Sérgio, criador da Ciência da Motricidade Humana, e para nossa felicidade, um dos coautores desta obra, os autores buscam lançar novos olhares sobre o tema, desta vez, abrindo o diálogo com áreas que vêm sendo denominadas "Ciências Emergentes", como a Física Quântica, a Teoria dos Campos Morfogenéticos de Rupert Sheldrake, a Teoria Integral de Ken Wilber, a Epigenética, entre outras. Desse modo, caracteriza-se pela abordagem transdisciplinar, uma vez que se abre para outras esferas do real, para além do plano material, que ainda são vistas pela ciência "normal" como fora de seu alcance e, portanto, marginalizadas. Ou então, como argumenta Amit Goswami, proteladas com base em um pensamento que pode ser denominado, segundo ele, de "ciência promissória".
Os autores propõem um novo olhar sobre a Educação Física (o que os motiva a defender a sua superação pela Ciência da Motricidade Humana), com base nos conhecimentos mencionados, bem como a partir de uma concepção de corporeidade à luz do pensamento complexo de Edgar Morin e também das Teorias de Fluxo e Composição (respectivamente oriundas dos escritos do psicólogo húngaro radicado nos Estados Unidos Mihaly Csikszentmihalyi e da historiadora brasileira Denise Sant'Anna). Busca, nessa direção, apresentar aos leitores, especializados ou leigos, novas possibilidades de compreensão do corpo e das práticas corporais, o que remete, de acordo com o início desta sinopse, com a necessidade de ultrapassar a visão ainda hoje hegemônica da dicotomia corpo/mente e, mais além, abrir o diálogo com outras dimensões do real. Esse é o convite que fazemos a você, leitor!