Você já deve ter experimentado a perda de um familiar, amigo ou colega de trabalho; nesta hora, alguém deve ter dito, como consolo, que a morte é o caminho natural de todas as criaturas deste mundo. Talvez, para reforçar a sentença, ainda tenha apelado às divindades e arrematado: "É a vontade de Deus".
Provavelmente você concordou, pois morrem milhares de pessoas todos os dias — e isto, sem dúvida, faz parte da minha e da tua rotina.
Acreditar que a morte é o caminho natural das pessoas é uma coisa, mas pensar que todas elas têm mortes justas é algo bem diferente. Imagine que muitas mortes não são naturais, isto é, decorrentes de doenças ou da deterioração do corpo, mas, sim, provocadas.
Os personagens dos contos deste livro vivenciam, como avatares, as experiências reais de sofrimentos horríveis que lhes são impostos, todos propositalmente. A ficção é inspirada em fatos.
Quiçá tenhamos uma boa morte. Ainda assim, o desfecho da vida pode vir com a imposição de sofrimento e dor para os sobreviventes. Imagine quantas vezes você já ouviu de bocas alheias: "Esse aí tinha de morrer mesmo!", uma sentença de ódio, rancor ou preconceito; simplesmente porque as crenças, os valores e os objetivos deste ou daquele são diferentes.
Prepare-se para confrontar os seus paradigmas, suas crenças e valores enquanto lhe são contadas estas quatro histórias.