Claudinho é mais uma criança moradora de comunidade carente. Estuda na escola do município, adora jogar futebol, mas tem um porém: nos finais de semana, trabalha como "flanelinha", para ajudar sua mãe, que é passadeira numa casa de bacana. O carinho e a consideração por dona Filó, e o reconhecimento da inteligência de Claudinho, levam a patroa convencer dona Filó a pagar seus estudos numa escola particular e de alto padrão. Claudinho se encanta. Porém, o que ele não imagina, é que, logo, vai sofrer bullying e será vítima de preconceito e discriminação. Claudinho, então, volta aos bancos escolares do município, e, ao ver que ao seu redor, não está sozinho — pelo contrário, até se felicita por não ter sido adotado pelo tráfico, como seus colegas -, aprende uma lição, cuja a antiga escola jamais ensinou: a luta pela igualdade social. Um dia, ao sair da praia, e sem que tenha um trocado para dar a Claudinho, certo "cliente" lhe dá um jogo da megasena. E é aí, que a sua vida muda. Não a sua somente, mas a de sua irmã, sua mãe, e de toda a comunidade. Se a comunidade não poderia ir à uma boa escola, ter uma boa creche, e um bom Posto de Saúde, por que não levar tudo isso à comunidade? E o que fazer para ajudar seus colegas que tinham sido adotados pelo tráfico? Tornando-se, assim, o "Prefeitinho do Pedaço", o que Claudinho terá como futuro? E quem terá sido o narrador dessa história, que é recheada de emoção do começo ao fim?