Em narrativas fluentes, José Beniste apresenta lendas que esclarecem o complexo universo mítico do Candomblé.
Mitos Yorubás é a mais recente obra do autor consagrado pela qualidade de suas pesquisas e trabalhos sobre a Cultura Religiosa Afro-Brasileira (como As Águas de Oxalá, Jogo de Búzios e Órun-Àiyé: O Encontro de Dois Mundos). São 34 histórias, acompanhadas de notas explicativas no final de cada uma, que abordam exemplos de vida, orientações éticas e disputas de poder, e cujos personagens são os diversos Orixás do panteão africano.
Beniste explica em detalhes por que: Erinlé só se veste de couro; os assentamentos de Omolu e Exu têm que permanecer no tempo, ou seja, do lado de fora, ao ar livre, diferentemente de outros Orixás, que necessitam de uma "casa" só deles para serem reverenciados; o carneiro é a comida votiva de Xangô, mas é repelido por Yansam. Os mitos esclarecem também como a Terra foi criada e por que Oxalá recebeu este título; explicam a importância e o perigo de Iya mi Oxoronga e do culto Egungun; decifram a história completa do Xangô e a sua disputa com Ogum pelo amor de Oya; revelam o porquê da obrigação de Exu em ter de fiscalizar os axés, provocar Orunmilá e criar conflitos entre Yemanjá, Oxum e Yansam.
Com, Mitos Yorubás, José Beniste oferece ao leitor histórias deliciosas e encantadas, com seu seu estilo didático único, que segue a linha de publicações que se obrigam a ser claras e fluentes. Tornando o autor bastante expressivo nos meios religiosos como um participante íntegro e pesquisador altamente conceituado do Candomblé.