Esta primeira coletânea poética de Leopoldo Skoberg traz fragmentos, em forma de verso, do percurso de algumas décadas de Busca. Busca do Amor, busca da humanidade e da alteridade, busca do perfume e do toque do cardo e da rosa, busca do Verbo e da palavra perdida. Captando emoções, por meio de flashes ou lembranças, lágrimas e sorrisos, angústias e silêncios, numa tentativa de traduzir o indizível, os poemas buscam ser ora balões infláveis tentando rumar ao céu, ora peixes que submergem na escuridão abissal à procura de raízes do verdadeiro eu, ou da verdade do eu. Mas Lanza Del Vasto escreveu, num prefácio, que "agora a verdade está tão bem escondida que ninguém a procura mais". Talvez ele estivesse certo, mas talvez ainda haja esperança de encontrar o frescor do perfume original. Juntando e misturando num cadinho um bocadinho de letras, que se transformam em palavras, e estas em versos captados aqui e ali, no esperançar, quem sabe, de uma iluminação.