PREFÁCIO Por: Ataídes Braga* Apresentar um trabalho como "Mishná – A sexta ordem, O Código Secreto Judaico", de Lucas Gomes Arcanjo e Thiago Hot Pereira de Faria é um desafio pela densidade da proposta que pretende revisar toda uma literatura sobre o assunto, descortinar horizontes jurídicos ineficazes e apresentar o princípio mishnáico como problemática trans-histórica e meta-empírica é uma temeridade, por não ser um especialista, mas por saber que a importância de um livro de tal porte se faz mister. Como dizem os autores: "O presente volume tem como objetivo, mostrar o pioneirismo do pensamento jurídico no mundo, assim como a inviabilidade da Laicização do direito, algumas das grandes falhas no modelo mais utilizado atualmente, como o tridimensionalismo de Reale, e o modelo de justiça de Kelsen.". É preciso apropriar-se de ideias dos outros sempre, discordar delas, revisá-las e desenvolvê-las. Para justificar como disse Sêneca (século I d.C.): O que quer que um outro disser bem, é meu. Todavia ao ser convidado para transformar o material em um roteiro para virar um documentário que pudesse condensar o pensamento complexo da Mishná não me furtei ao desafio. São propostas assim que nos transformam, nos fazem melhores e mais abertos ao entendimento e a dar mais valor a humanidade e ao destino de ser humano. O roteiro pensado tentará definir os conceitos, e através de depoimentos específicos abordará a trajetória histórica do pensamento mishnáico das origens aos dias atuais. Tarefa de síntese hercúlea.