Ari, um médico estrangeiro autoexilado, desembarca em Juruti, uma pequena cidade do oeste do Pará, no coração da Amazônia brasileira. O recém-chegado está procurando o amor, uma incessante busca que dura mais de 15 séculos, um sentimento que transcende o tempo e a morte. Inspirado no que lhe ensinou sua mestra Hipátia de Alexandria, descobre que no ponto médio da longitude do rio Amazonas mora a mulher que aguarda por ele. Finalmente, após haver dissecado e triturado a matemática, depara-se com o lugar exato. Quase sem forças nem vida para continuar a busca, encontra Bianca, uma índia com genes árabes, mais bela que a própria vida. Ari amou em Juruti, mas também soube que o amor é ilusão e realidade, é felicidade e dor. Esta é uma história sobre a procura do amor eros, uma busca que nós, lúcidos, sabemos que é loucura, que é a imersão numa dimensão desconhecida, num mundo sem mapas, sem sinais nem garantias. Só os loucos voltaram dela para revelar sentimentos como os que compõem esta bela, emocionante e triste história.