É supinamente doloroso observar, uns com tantos, outros sem nada. A fome de muitos, a riqueza de poucos. A pureza da vida se extingue, num simples gesto de egoísmo. Crianças que sequer podem sorrir, já que sorrir também requer vigor. É difícil aceitar o enigma da vida, é doloroso calar vendo tantos sem lar, pois todo este descaso é a injustiça no amar. Inda assim há quem diga: que País de bem-estar. Tudo isso são contrastes de um País rico que navega no seco, de uma seca que deixa milhões desamparados além de famintos. O que fazer? Pelo menos não deixar que o espírito do adolescente permaneça vagando pensando no perigo que trazem a ociosidade e a fome. Quantas vezes tentei e nada pude fazer, pois o fazer não dependia de mim. Quantas vezes tentei e fiz o que de mim dependia. É assim a lei da vida; cada um faça um pouco, pois saibam que o pouco com afeto faz rejuvenescer corações. Quantas regiões são bem desenvolvidas, e quantas adormecidas, quanta gente desnutrida, e quantas já perderam a vida. Será que ainda temos tempo para sonhar? Viver de sonho é o pior enigma, viver o presente é o melhor momento. Sendo assim não é mais preciso deixar que muitos sofram por não possuírem sequer o direito de respirarem aliviados, já que a dor da fome os consome. Os mercenários sim, nunca passaram por estes tristes momentos. São eles os que mais massacram e humilham a humanidade, são inegavelmente os verdadeiros germes humanos, alguns são obesos, estes os que mais servem para adubar e engordar a terra.