O livro, "Minha cabeça me salva ou me perde": Povos de terreiro na Guerra Religiosa lança sutilezas. Conflitos e negociações entre as diferenças internas dos segmentos das religiões afro-brasileiras são analisados pela autora, mostrando as contradições e os modos de organização que escapam à compreensão de muitos autores do campo religioso brasileiro. Não obstante a transposição, para o campo do debate público, das hierarquias do terreiro e as desavenças religiosas e pessoais, bem como as étnico-raciais, as lideranças religiosas evidenciam as dificuldades para o debate democrático, o modo de organização segmentar, em momentos de muita união e outros de diferenciação, mas se constituindo em uma formação própria, sendo acionado nos momentos de conflito com os segmentos pentecostais.