No bairro carioca do Andaraí, moravam o casal baiano dona Sebastiana e Feliciano Campossolo Nunes, chefe de seção do Tesouro Nacional. Pais de Mariazinha, moça bonita de 20 anos, tentam arrumar pretendentes para a filha, intento que Campossolo arranja entre seus subordinados no trabalho. Os mais assíduos nos almoços e jantares oferecidos em sua casa são o mato-grossense Fortunato Guaicuru, bacharel de direito de compleição forte e traços indígenas; e o carioca Simplício Fontes, rapaz franzino e tímido, "de grandes olhos negros", instruído e correto em seus deveres laborais. Guaicuru é um tipo vaidoso e não muito ilustrado, que se mete a escrever um livro de direito administrativo, em busca de impressionar os supostos "sogros" e de conseguir uma promoção antes do Natal. Mas, afinal, por ordem de "Nosso Senhor Jesus Cristo", como rogou Simplício, é ele quem conquista a promoção por mérito próprio e antiguidade no posto do Tesouro. Sem "pistolões" no trabalho e no amor, acaba tendo seu "milagre de Natal" obtendo seu "passe" para casar-se com Mariazinha.