Inspirada na metáfora do filme O Violino Vermelho (1998), do diretor François Girard, cujo protagonista é o sangue misturado ao verniz de um violino, que viaja de mão em mão através do tempo e do espaço, a autora apresenta a genealogia da família Cavalheiro Dias, de Santana do Livramento, como se fosse um violino trazido por vários portadores para o Continente de São Pedro, durante os séculos XVII e XVIII, considerados como cordas desse violino. Uma forma bem diferente da costumeira lista de nomes e datas das genealogias comuns. Paralelamente a esse estudo genealógico, a autora conta a história do Rio Grande do Sul do mesmo período, destacando fatos e personagens relacionados com a vida de cada um dos portadores desse violino, narrando essa história de forma nada tradicional, levando-nos a tentar imaginar a vida daquelas pessoas e o seu entorno, às vezes de forma um pouco romanceada mas sem se afastar da verdade dos fatos, que são todos comprovados por documentos e fontes bibliográficas listados ao final.