Meu passado, minha sombra é uma ressignificação poética. Nossa carne possui cicatrizes quando é machucada, quanto mais nossa alma que é sensível. O Senhor tem me ensinado que não está sob o meu domínio esquecer ou alterar tudo o que me feriu no passado. Esses traumas sempre me acompanharam como uma sombra, sendo assim, eu posso ressignicá-los da maneira que eles formam a marca de uma ferida já sarada. A vida pode não ser um mar de rosas, mas pode ser a semente para um jardim de flores.
Os primeiros versos escritos são orações contadas através da poesia, logo em seguida o que antes era suplica tornava-se uma resposta do Senhor a qual trazia calmaria. Nunca foi fácil seguir os mandamentos do Senhor principalmente quando exigem perdoarmos e amar aquele que nos feriu; tendo em vista disso, o preço do consolo é a obediência. À medida que os poemas vão se passando, enxergamos o quão doce é olharmos para trás e percebermos que aquilo que sangrava transformou-se em testemunho para edificação de almas. Não tenho mais a necessidade de mudar minha história, os traumas são agora adubos que fortalecem uma árvore que proverá frutos.
Minhas cicatrizes permanecem aqui lembrando-me do infinito amor de Deus. O Senhor permanece sendo Deus e eu permaneço sendo sua serva.