"Meter a colher é necessário. A todas as pessoas que cumpriram com esse dever e àquelas que ainda o farão."
Este livro é uma coletânea de artigos sobre a violência de gênero publicados em diversos veículos de comunicação entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022, a maioria de Wagner Cinelli, e com contribuições de Zuenir Ventura (O Globo), Melissa Duarte, (entrevista para a AMB), Renata Izaal (entrevista para a Plataforma Celina, O Globo), Camille Pezzino (resenha, Caneta Tinteiro) e Paulo Alonso (Reitor da Universidade Santa Úrsula, no Monitor Mercantil) e Gabriela Zimmer.
Com natureza multidisciplinar, a obra levanta a preocupação com a cultura machista que ainda permeia muitas de nossas relações sociais. Seu foco principal é a violência praticada pelo homem contra a atual ou ex-companheira, englobando, nesse contexto, diversos assuntos, como o ciclo da violência, a importância da proteção à mulher e a necessidade de seu empoderamento social. O título inspira-se no ditado "em briga de marido e mulher, não se mete a colher". Há também outros textos, escolhidos por fazerem referência ao curta-metragem Sobre Ela ou ao livro Sobre ela: uma história de violência, ambos do mesmo autor. Ao final, um poema que aborda um caso de violência perpetrada por um marido abusador contra uma vítima que não compreendeu a tempo a gravidade da situação em que vivia. Por situações como essa e por tantas outras, não meter a colher é coisa do passado – daí a relevância do verbo no gerúndio: Metendo a colher. Afinal, como disse a ativista Minerva Mirabal, é triste ficar de braços cruzados.
Infelizmente, quando lidamos com este assunto da violência perpetrada pelo companheiro, encontramos vítimas conformadas ou mesmo que não se reconhecem vítimas. Portanto, é necessário falar sobre isso. Falar para conscientizar, apoiar e buscar soluções no plano individual e também no coletivo.