A grande revolução filosófica arquitetada pelo Alvissarismo está justamente na descoberta fundamental dos juízos analíticos a posteriori; desde Kant, não houve sequer um único filósofo com coragem o bastante para questionar a ideia de que todo juízo de experiência é sintético e que todo juízo analítico é a priori, com exceção de Saul Kripke (1940), que foi pioneiro ao revelar ao mundo a existência do necessário a posteriori e do contingente a priori, corroborando a nossa tese sobre a existência dos juízos analíticos a posteriori; esta foi, pois, a grande ruptura causada pela Filosofia Alvissarista, que, através da pergunta "existem juízos analíticos a posteriori?" causou uma revolução sem precedentes na história da filosofia. O mais importante aqui não é nem a resposta dada pelo Alvissarismo a esta pergunta, mas sim a própria pergunta, posto que ela rompe de uma vez por todas com a filosofia Kantiana, que fundou as bases da filosofia moderna através da negação da revelação. O Alvissarismo dá, portanto, início a uma nova era na história da filosofia, uma era onde na filosofia é possível a revelação, onde é possível existir uma filosofia unificada à mitologia e à religião, como um retorno à filosofia pré-talesiana, isto é, uma filosofia antes do surgimento de Tales de Mileto (624 a. C – 546 a. C), que separou a filosofia da religião através da proposição "a água é a origem de todas as coisas".