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Sinopse

Esta obra propõe-se a desmistificar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), afastando-se de visões simplistas para apresentá-lo como uma complexa condição crônica do neurodesenvolvimento com manifestações que se estendem da infância à vida adulta. A obra explora a evolução histórica do conceito, desde as primeiras observações até sua consolidação nos manuais diagnósticos, enfatizando a crescente compreensão de suas bases neurobiológicas. Aprofundando-se nos fundamentos científicos do transtorno, o livro detalha as bases neurobiológicas e genéticas do TDAH. São abordadas as alterações estruturais e funcionais em circuitos cerebrais, como o córtex pré-frontal e os gânglios da base, e as disfunções nos sistemas de neurotransmissores, principalmente a dopamina e a noradrenalina. A obra destaca a alta herdabilidade do transtorno, reforçando sua natureza poligênica, e discute como essas alterações evoluem desde a infância até a vida adulta, explicando por que déficits funcionais podem persistir mesmo quando algumas diferenças morfológicas se atenuam com o tempo. O diagnóstico do TDAH é apresentado como um processo complexo que exige uma arquitetura avaliativa multidimensional. O livro compara os critérios estabelecidos pelo DSM-5 e pela CID-11, detalhando os sintomas e requisitos para diferentes faixas etárias. Ressalta-se a importância de uma abordagem integral que envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, psicólogos e neuropsicólogos, para além de uma simples checagem de sintomas. São explorados instrumentos e escalas de avaliação, como ASRS e SNAP-IV, e a necessidade imprescindível do diagnóstico diferencial, dada a alta prevalência de comorbidades. As manifestações clínicas do TDAH são descritas em sua evolução ao longo do ciclo de vida, com a hiperatividade motora, mais evidente na infância, transformando-se em uma sensação de inquietação interna na vida adulta. A desatenção e a impulsividade, por sua vez, tendem a persistir e a gerar impactos profundos em ambientes escolares, profissionais e familiares. A obra detalha como os sintomas nucleares afetam o desempenho acadêmico, a estabilidade profissional, os relacionamentos interpessoais e a gestão da vida diária, ressaltando que o prejuízo funcional é um critério central para o diagnóstico. Um dos pontos centrais da obra é a discussão sobre as comorbidades, enfatizando que o TDAH raramente se manifesta de forma isolada. O livro explora a frequente associação com transtornos de aprendizagem, de humor (como depressão e bipolaridade), de ansiedade, disruptivos e por uso de substâncias. Essa sobreposição de condições complica o diagnóstico e exige uma abordagem terapêutica integrada e multifacetada, pois a presença de comorbidades impacta diretamente o curso clínico, a resposta ao tratamento e o prognóstico a longo prazo. No que tange ao tratamento, "Mentes Inquietas" defende uma abordagem multimodal, que combina a farmacoterapia com intervenções psicossociais e educacionais. O livro detalha as principais classes de medicamentos, como os psicoestimulantes (primeira linha de tratamento) e os não estimulantes (alternativas importantes), explicando seus mecanismos de ação, eficácia e perfis de segurança. A escolha do fármaco, segundo a obra, deve ser individualizada, considerando o perfil do paciente, a presença de comorbidades e os possíveis efeitos colaterais. Complementarmente, a obra destaca que a farmacoterapia, embora eficaz, é insuficiente para garantir uma funcionalidade duradoura. Por isso, dedica especial atenção às intervenções psicossociais, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o treinamento de pais e as adaptações pedagógicas no ambiente escolar.