O debate sobre as mudanças climáticas e a degradação ambiental trouxe à tona uma dimensão muitas vezes negligenciada: a relação entre o meio ambiente e a saúde mental. Eventos climáticos extremos e a destruição dos ecossistemas afetam não só a infraestrutura e a economia, mas também geram impactos psicológicos significativos, como ansiedade, medo, luto e sensação de impotência, especialmente entre populações vulneráveis. A natureza é essencial para o equilíbrio emocional e o bem-estar humano. Quando ameaçada, surgem desequilíbrios que exigem atenção não apenas científica e social, mas também jurídica. O Direito Ambiental torna-se, nesse contexto, um instrumento vital para prevenir danos, promover justiça socioambiental e garantir direitos fundamentais, inclusive o direito à saúde mental. A atuação legal, por meio da fiscalização, auditoria, perícia e litígios climáticos reforça a urgência de proteger tanto o ambiente quanto as pessoas. Este estudo analisa, portanto, as conexões entre saúde mental, meio ambiente e mudanças climáticas, incluindo os desafios legais e éticos envolvidos na construção de uma resposta justa, integrada e sustentável. A transformação necessária para enfrentar as mudanças climáticas e suas múltiplas consequências depende da atuação integrada de governos, sociedade civil, comunidades locais, instituições científicas e indivíduos.