Era ainda o ano de 1881 quando um verme começou a roer as carnes de um
cadáver, e desde então a literatura nacional nunca mais foi a mesma. Romance
considerado por muitos críticos como o auge da obra de Machado de Assis,
Memórias póstumas de Brás Cubas é lançado pela coleção de bolso da Antofágica.
Não é porque Brás Cubas está morto que suas experiências não terão a
oportunidade de estampar as páginas de um livro. É o que faz, pouco a pouco, o
defunto-autor desta obra. Sem pressa, mas com firme propósito, o narrador machadiano
fisga o leitor ali, na beira da palavra, para introduzi-lo à história de um homem comum,
cheio de impasses, desejos e inquietações – um personagem, sobretudo, profundamente
humano.
Na corda bamba entre o riso e a seriedade, Machado de Assis inverte a ordem
natural das coisas ao escrever nas palavras de um morto uma obra que, assim como a
morte, tornou-se eterna. Agora em formato de bolso e com capa inédita de Amanda
Miranda, a Antofágica publica esta nova edição de um dos mais refinados clássicos já
escritos em língua portuguesa.
Como apoio e contextualização para a leitura, toda a coleção Nano traz um QR
Code que, ao ser escaneado, direciona para um portal de leitura dos textos extras. Neste
livro, disponibilizamos um texto de apresentação de Isabella Lubrano, do canal Ler
Antes de Morrer, além de posfácios de Rogério Fernandes dos Santos, professor e
pesquisador especialista na obra de Machado, e um perfil do autor escrito por Ale
Santos (@savagefiction).