Em 1918, no interior do sertão nordestino, Osídio é um médico recém-formado que volta para sua cidade natal. Ao mesmo tempo, uma epidemia avassaladora de gripe espanhola se inicia. Diante da calamidade pública, o doutor precisa assumir a responsabilidade pela saúde do local, além de ter que lidar com sua família, rica e coronelista.
No decorrer dos capítulos, quatro personagens relatam os acontecimentos a sua própria maneira e sob diferentes pontos de vista. Desta forma, a história se constrói progressivamente num entrelaçamento de memórias distintas. Apesar de acontecer há mais de cem anos, o leitor enxergará reflexos profundos daquele tempo com o Brasil contemporâneo, fazendo-se presentes temas como racismo, abusos de poder político, mulheres na ciência, desigualdades sociais e, é claro, a pandemia.