Esta obra irá apresentar ao leitor um estudo sobre o processo de criação e atuação do Programa Nacional de Documentação da Preservação Histórica – Pró-Documento, desenvolvido pela extinta Fundação Nacional Pró-Memória (FNPM) e que, entre os anos de 1984 e 1988, teve como objetivo central a preservação de acervos privados como conjuntos documentais importantes para a recuperação da memória e da identidade nacional. Para este trabalho, a autora fez um estudo sobre reconhecimento e preservação do patrimônio documental privado no país, analisando as propostas do Pró-Documento no contexto das discussões sobre novas demandas memoriais, a renovação da historiografia brasileira e propostas relativas ao papel das instituições arquivísticas e a preservação documental na década de 1980. Para tal, este estudo utilizou como fontes centrais os documentos do Arquivo Central do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – Seção Rio de Janeiro, além de publicações diversas como: revista Acervo, do Arquivo Nacional; revista Arquivo & Administração, da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB); os Anais de Congressos da AAB e da Associação Nacional de História (ANPUH). Dessa forma, o objetivo central deste livro está em compreender de forma mais ampla o Pró-Documento, por meio de um exame das dimensões históricas propostas, das concepções e políticas sobre a questão da preservação do patrimônio documental em nosso país. Interessante também indagar sobre as razões e os caminhos que levaram ao esquecimento desse programa do IPHAN na literatura especializada sobre a questão nos anos seguintes.