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Melhores poemas Olavo Bilac

Melhores poemas Olavo Bilac

Sinopse

As Poesias de Olavo Bilac, publicadas em 1888, foram recebidas com um coro de louvores, como poucos livros na literatura brasileira. Apesar do parnasianismo já estar vitorioso, a obra era uma novidade, "pela graça fluente da linguagem poética" (Manuel Bandeira). A perfeição dos versos, palpitantes de vida e sensualismo, contrastam com a tão apregoada frieza marmórea da escola e a própria Profissão de Fé com que o poeta abria o volume, exaltando a perfeição fria do verso, talhado em "o alvo cristal, a pedra rara,/ o ônix".Por essa época, Bilac (Rio de Janeiro, 1865) era um dos boêmios mais conhecidos da cidade, levando uma vida que escandalizava as famílias. Depois de abandonar, sucessivamente, os cursos de medicina, no Rio de Janeiro, e de direito, em São Paulo, entregou-se ao jornalismo, profissão mal remunerada, o que o obrigou a utilizar múltiplos pseudônimos, para sobreviver.Em 1893, durante a revolta da armada, colocou-se contra Floriano Peixoto, sendo preso. Libertado, exilou-se em Minas Gerais, a princípio em Ouro Preto e mais tarde em Juiz de Fora. Ocupou cargos importantes, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, viajou várias vezes à Europa, publicou livros de crônicas, contos, literatura infantil. Em seu último livro de poemas, póstumo, Tarde (1919), o poeta substitui o sensualismo pelo temas nacionalistas. Já se percebem os sinais do crepúsculo. Durante essa fase, dedicou-se à campanha pelo serviço militar obrigatório. Faleceu em 1918, em plena glória.A opinião geral do país podia então ser resumida na frase de João do Rio: "Bilac chegou à perfeição - é sagrado". Era também um poeta muito popular, graças sobretudo à sua lírica amorosa, expressa nos 35 sonetos da Via Láctea. "Virgens Amorosas" era um soneto que milhares de brasileiros sabiam de cor. Esta é a melhor consagração.

Autor

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, além de poeta, foi cronista, contista, conferencista e autor de livros didáticos. Nasceu no Rio de Janeiro em dezembro de 1865. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº15, que tem Gonçalves Dias por patrono. Entre sua extensa obra, destacam-se a letra do Hino à Bandeira, o poema épico "Caçador de Esmeraldas" e o belo soneto "A Pátria". Em 1907, foi o primeiro a ser eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Morreu no Rio de Janeiro, em 1918, aos 53 anos. Pela Global Editora tem publicadas as seguintes obras: Melhores Poemas Olavo Bilac, com seleção e prefácio de Marisa Lajolo, Melhores Crônicas Olavo Bilac, com seleção e prefácio de Ubiratan Machado, o infantil O Soldado e a Trombeta e o Roteiro da Poesia Brasileira – Parnasianismo, com seleção e prefácio de Sânzio de Azevedo.