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Melhoramento Genético De Ovinos

Melhoramento Genético De Ovinos

Sinopse

No começo do século XXI os mercados marcaram fortes tendências que lãs abaixo de 27 micras seriam melhor remuneradas e isso foi nítido até o período pré-pandemia. Atualmente o mercado laneiro baixou a régua, em que lãs acima de 21,4 micras estão experimentando um amargor de não haver volumes de negociações, o que impacta tanto no menor preço pago até a não procura, causando o fenômeno chamado de "lã no galpão". A produção de lã do Rio Grande do Sul, majoritariamente, ainda está na faixa entre 21,4 e 27 micras (lãs da raça Ideal e Corriedale), no entanto com uma grande participação de lãs acima de 27 micras (lãs da raça Corriedale e Romney Marsh). Com base nessa estagnação de mercado deve-se encarar o problema tendo bem claro o que se produz no Rio Grande do Sul. Uma vez sabendo que tipo de produto há, agora deve-se tomar a decisão se será melhorado ou seguirá buscando um aprimoramento só para a produção de carne. A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) lançou o programa de certificação da lã gaúcha que visa valorizar a lã produzida e colhida respeitando alguns critérios técnicos. No entanto, mesmo melhor apresentada, o mercado seguirá buscando lãs mais finas e esse, em rebanhos que possuam tal foco, deve ser um dos critérios de seleção dos animais. De maneira alguma terá que perseguir um afinamento e se esquecer que a ovelha além da lã deve produzir quilos de cordeiro. Visto isso, e que o melhoramento genético pode impactar de maneira contundente no perfil dos rebanhos gaúcho, diminuir o diâmetro da lã sem perder aspectos de produção de lã (peso de lã) e produção de carne leva algum tempo e trabalho. No entanto, para qualquer longo caminho dar o primeiro passo é muito importante para alcançar o objetivo. Esse material foi confeccionado para atender uma demanda do 2º Simpósio Gaúcho de Ovinocultura, abordando dentro do evento, na ótica do melhoramento genético, as oportunidades em afinar a lã sem perder características de produção de lã e carne. Foram mostrados exemplos (por exemplo o Uruguai que vem afinando o Corriedale e melhorando outras características de importância econômica) focados em um animal que cumpra as exigências do mercado internacional para lã, aumentando a produção de carne. O objetivo geral do conteúdo é "Conhecer as possibilidades do melhoramento genético dos rebanhos gaúchos com foco na produção de lã, sem comprometer a produção de carne". Dentro disso alguns objetivos específicos: 1.Objetivo específico: Conhecer que é possível afinar sem perder peso de lã e aumentar a produção de cordeiro, identificando os recursos genéticos (raças) adaptadas aos sistemas de produção do Rio Grande do Sul. Conteúdo: Experiências exitosas de países que afinaram e melhoraram a produção de lã e carne. 2.Objetivo específico: Identificar onde o rebanho gaúcho se encontra, estabelecendo metas genéticas. Conteúdo: Definição dos objetivos e critérios de seleção para alcançar o tipo de ovino desejado. 3.Objetivo específico: Estabelecer protocolos para ocorrer o melhoramento genético dos rebanhos comerciais, selecionando matrizes e adquirindo reprodutores superiores. Conteúdo: Descarte e seleção de matrizes; Compra de carneiros com dados objetivos; Uso das DEPs e outros dados objetivos conforme as necessidades do rebanho (direcionamento de acasalamentos). 4.Objetivo específico: Entender o tempo para alcançar os níveis produtivos desejados, conscientizando que o melhoramento genético é algo lento, mas permanente. Conteúdo: Resposta à seleção; Tendências e progresso genético (ganho genético). 5.Objetivo específico: Conhecer os benefícios de cruzamentos entre raças que se complementem, identificando as oportunidades e as exigências para implementação. Conteúdo: Uso de cruzamento para melhorar a qualidade de lã e produção de carne.