Anos 60, Posses do Chumbo, Patos de Minas-MG...Eventos estranhos, seguidos do desaparecimento de moradores do pequeno município, ganharam notoriedade nas manchetes do Jornal Tribuna Patense. Tudo começou com relatos de avistamentos de luzes vagando pela região altas horas da noite, um fenômeno que os populares costumam chamar de “Mãe do ouro”. Além disso, outras testemunhas afirmaram ter visto supostas criaturas humanóides na estrada que corta o morro em direção ao povoado, também em horas mortas da noite, logo após os primeiros casos de avistamento das estranhas luzes. No entanto, o que começou como uma série de relatos extravagantes acabou tornando-se caso de polícia, quando quatro das cinco testemunhas sumiram misteriosamente, deixando para trás um rastro de medo e perplexidade...Medos Gerais apresenta uma história de WeirdWestern, ambientada no sertão mineiro, espaço profícuo para essa modalidade fantástica, cujas características podem ser observadas no romance Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Trata-se de uma narrativa de faroeste com elementos insólitos, uma releitura dessa vertente literária tão em voga no começo do século XX em revistas Pulp norte-americanas, como a Weird Tales. Nela, escritores publicavam novelas e contos fantásticos, sendo o texano Robert E. Howard, precursor do gênero Espada &Feitiçaria, um dos autores mais lembrados. Em Medos Gerais, o weird (estranho) permeia a história do detetive Jôvelino de Sousa Fernandes – o Jôve –, que investiga as circunstâncias aparentemente sobrenaturais do desaparecimento dos moradores de Posses do Chumbo. O caso logo se transforma num horripilante quebra-cabeças, onde cada peça reflete os recônditos mais sombrios de um vilarejo outrora comum e ordeiro.