"Nenhum homem é uma ilha, inteiramente isolado; todo homem é um pedaço de um continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntai: Por quem os sinos dobram; eles dobram por vós".
Estas e outras citações; que, além da beleza poética, possuem o caráter preciso e filosófico da obra de John Donne; estão nesta sua última grande publicação. Ele escreveu suas Meditações como parte de uma obra maior "Devoções para Ocasiões Emergentes". Elas foram redigidas enquanto Donne estava gravemente doente, e foram publicadas em 1624. Suas reflexões a respeito da perenidade da vida e da preparação do corpo e do espírito frente ao encontro derradeiro com o Criador são apresentadas de um modo poético e complexo, refletindo toda as características metafísicas de uma produção literária ampla e vasta. A obra procura apresentar as reflexões do autor em relação à perenidade da vida e a preparação do corpo e do espírito para o encontro final com o criador.