A sensação ao ler "Mea culpa" é, ao mesmo tempo, a de um soco no estômago com um sorriso no canto da boca. São crônicas – ainda que seu autor não queira que as chamemos assim – que destilam sarcasmo e fazem pensar, concordar, odiar e desejar compartilhar aquelas palavras. Só um sentimento não é possível no livro de Marcelo Mainardi: a indiferença. É um Vesúvio que resolveu entrar em erupção. E a nova Pompéia somos todos nós, por ação, omissão negligência, ou, pior, dolo. Há de tudo: crítica social, nostalgia, desejos, política, julgamentos e pedidos de perdão. Mas cuidado, você poderá ficar petrificado.