"Matteos & Magdalenas: Borboletas, Sonhos e o Novo Mundo" aborda a estória de uma família italiana em suas aventuras e desventuras em meio ao processo de Unificação Italiana no século XIX. A família Vicentin e seus quatro filhos, sendo que o mais velho tinha apenas doze anos, além de outros parentes, apesar de serem possuidores de terras para plantar e casa para morar na Itália, decidem tentar a vida em outro país, no caso, o Brasil.
O livro aborda suas vicissitudes, como as dificuldades de se manterem na Itália, seus temores em emigrar para uma terra estranha, a fome nos povoados e as guerras de Unificação nas quais a família participou antes de embarcar para seu novo país. A estória mistura fatos históricos, mas sobretudo transita pelo realismo fantástico, com cenas puramente fictícias permeadas por críticas sociais, institucionais e religiosas e de forte cunho psicológico e filosófico.
Envolvendo ainda críticas pontuais à situação do mundo atual, a leitura pretende ser agradável e levar o leitor a inteirar-se dos problemas humanos, antes de mais nada, como o peso das estruturas sociais que esmagam o indivíduo e as dificuldades de se reconhecer em um processo de individuação em um mundo em mutação.
Sendo as vidas permeadas por escolhas racionais e irracionais, com personagens fortes e determinados, cavaleiros valentes e travessias homéricas pelos picos nevados do norte da Itália, os dramas da família vão se imiscuindo no processo de transformação social da época.